segunda-feira, 6 de abril de 2020

PAULO LIMA: Borboletas que pulsam


Notifiquei-me de uma falta de ar
Como se saíssem larvas do meu  peito
Mas pelas tristes historias da vida
Sou rancoroso demais com elas.
Não as deixo sair para que ninguém sinta a minha dor.
Não as deixo livres, porque livre nem eu sou.
Há diversos casulos guardados em meu peito prontos para se abrirem,
Mas eu os prendo com fel de magoas e dor, além de fumaça do meu cigarro.
Meu disfarce é perfeito, para que os amigos... amigos, não veja como eu choro.
Os casulos agora são borboletas 
Mas em nenhum momento penso em deixa-las sair.
Sou violento demais com elas, sou duro!
Elas acabam comigo toda vez que pulsam.
Borboletas malditas.
- Fiquem quietas!
Elas querem ser livres, mas eu sou esperto e deixo que saim só quando ninguém ver,
Quando dormem, quando me esquecem, quando estou só.
Um dia a deixarei sair, não as maltrato, temos um pacto, o suficiente para me fazer chorar.
Mas não se preocupem, elas não matam... Eu vivo morto!


Paulo Lima

2 comentários:

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